sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Por que eles só pensam "naquilo"?

Imagine a cena: ela não consegue parar de suspirar e de pensar em como ele é lindo e em quanto gostaria que ele fosse seu namorado. Ele só pensa em tentar ficar mais perto da menina que é considerada a “boazuda” da sala. Eis aí uma pergunta que não quer calar: por que eles só pensam "naquilo"?



Se você acha que os meninos são vazios e não pensam em nada mais além de sexo vá com calma. Alguns especialistas e até mesmo quem já passou pela situação explicam porque existem tantas diferenças quando o assunto é sexo.



Para o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Júnior, o menino aprende desde cedo a encarar o sexo com mais liberdade. “Enquanto as meninas são ensinadas a sonhar com o primeiro beijo, os garotos se preparam para a primeira transa”, declara o sexólogo.



“Na adolescência, a ansiedade para prática sexual é comum tanto nos garotos quanto nas garotas. Porém, no fundo, os dois sexos querem ser felizes em relacionamentos amorosos, só que no caso dos adolescentes do sexo masculino o medo de falhar na “hora H” faz com que eles evitem criar vínculos afetivos com as meninas”, comenta Amaury Mendes.



Na opinião da psicóloga e educadora sexual Carla Zeglio, diretora do Instituto Paulista de Sexualidade, sexo e compromisso são coisas diferentes. “Esta diferença fica clara para os homens, na educação oferecida a eles. Na educação feminina é dito que sexo só com relacionamentos afetivos. Estamos diante do dilema ‘meninos X meninas’”, diz.
“Apesar de todos quererem a mesma coisa, o tempo de querer pode ser diferente, mas adolescentes de ambos os gêneros querem companhia com quem possam trocar experiências de vida e da sexualidade”, acrescenta Carla.




A adolescente Priscila (que não quis revelar o sobrenome), 18 anos, concorda que as meninas são realmente mais ligadas aos sentimentos do que os meninos. “Acho que isso pode ser um pouco culpa da sociedade, que sempre discrimina meninas no que pode e o que não pode na hora do sexo. Os meninos podem transar com todas as meninas e as meninas não podem transar com ninguém senão vão ser consideradas galinhas”, afirma a adolescente.



Juliano Tortola, 16 anos, que namora há 11 meses, defende os meninos dizendo que “alguns podem até pensar só em sexo, mas existe quem queira compromisso”. “Acho que muitas vezes fica essa idéia de que os meninos só pensam 'naquilo' e as meninas acabam nem dando a chance da gente provar o contrário”, declara.



Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, existe uma necessidade de assumir os papéis sexuais socialmente determinados para que o jovem se sinta homem, másculo. “Em todas as culturas existem padrões para os comportamentos dos homens e das mulheres. É isto que se chama de identidade masculina. Os indivíduos que não se inserem no padrão deixam de ser considerados homens e mulheres”, explica Rodrigues.



De acordo com a sexóloga Carla Zeglio, não existe diferença entre desejo sexual masculino e feminino, o que existe é a diferença na expressão dos desejos, devido a uma educação pouco eficaz.



Os especialistas são enfáticos em dizer que a melhor maneira de lidar com essas diferenças é respeitando a necessidade de cada um deles esquecendo se são meninos ou meninas. “Devemos lembrar sempre que estamos lidando com seres humanos e com necessidades muito individuais”, diz Carla Zeglio.



“As meninas costumam amadurecer mais rápido do que os meninos e, por isso, também são elas que conseguem conduzir melhor o relacionamento e o processo de conquista entre o sexo masculino e feminino”, comenta o sexólogo Amaury Mendes Júnior. “O mais importante de tudo é se permitir ter a liberdade de pensar em sexo desde que tudo seja feito com responsabilidade e que na hora em que os dois se sentirem preparados para as “vias de fato” não se esqueçam de todas as precauções para evitar doenças sexualmente transmissíveis”, enfatiza Mendes.
Texto retirado do site da Terra.

Como agir depois da primeira "ficada"?


Você sempre teve vontade de ficar com aquele gato que entrou na sua sala. Ou então, você foi para a balada e rolou de conhecer um cara que fez o seu coração disparar. Então, depois de conversas daqui e de lá aconteceu de vocês ficarem, mas surge um outro problema: o que fazer no dia seguinte e como agir depois da primeira "ficada"?


Na opinião da psicóloga e terapeuta comportamental Márcia Luiza Trindade Corrêa, o "ficar" é uma forma de aproximação, o começo de um relacionamento, que pode ou não dar certo. "As pessoas 'ficam' para conhecer melhor o parceiro antes de tomar uma decisão tão séria, que é namorar. Os jovem que namoram levam muito a sério o seu namoro", afirma Márcia.


Para a promotora de eventos Stephanie Alencar, 21 anos, ter relacionamentos extensos cria muita responsabilidade. "É muito mais fácil suprir as necessidades com uma pessoa que você nem conhece, que não fica te amolando, não dá satisfação. Acho que no fundo as pessoas têm medo de algo mais sério", declara.


A estudante de agronomia Stella Vannucci Lemos, 18 anos, concorda que "ficar" é muito mais fácil porque não necessariamente envolve sentimentos. "Digamos que você ache uma pessoa atraente e tem vontade de beijá-la. Ao 'ficar' com ela, você tem a chance de ver se a relação tem futuro e daí fica bem mais fácil assumir qualquer coisa", diz.


Segundo o escritor e consultor de relacionamentos Sérgio Savian, quando as pessoas "ficam" não podem achar que já se conhecem por completo. "O 'ficar' pode ser bom se você não tiver problemas em aprofundar a intimidade se sentir vontade. Quando acontece de ter este tipo de experiência amorosa com um amigo é preciso deixar as coisas muito claras desde o começo para evitar perder a amizade", declara. "Conversar sempre é a melhor alternativa para se chegar a algum acordo", diz a estudante e modelo Camila Judens, 18 anos.


"Um grande erro é quando dois amigos 'ficam' e mudam a forma de agir um com o outro só porque se beijaram", conta a estudante de psicologia Letícia Carvalho, 21 anos. O operador de telemarketing Jefferson Magno Barbosa, 23 anos, também é da mesma opinião: "a única diferença na amizade depois da 'ficada' é que rola um carinho maior por essa pessoa, mas de resto nada deve mudar".


Em situações em que as pessoas que "ficam" não se conheciam antes os especialistas e os jovens são unânimes em dizer: não adianta correr atrás de quem não está a fim. Para Jefferson Magno Barbosa, ficar ligando direto para a pessoa sem ter certeza de que rolou uma química pode "queimar o filme" de qualquer um.


"A insistência é o pior inimigo de quem está no começo de uma 'ficada'. Acaba assustando as pessoas", diz Stella Vanucci Lemos. Arrependimentos também não resolvem a situação depois de ficar com alguém. "Mesmo que você não tenha gostado, a única coisa a se fazer é tocar a vida para frente. Tudo nessa vida é aprendizado - se não foi bom não importa, muitas coisas boas estão por vir", acrescenta a psicóloga Márcia Corrêa.


O que vale depois da primeira ficada?

- Agir naturalmente (no caso de o ficante ser do mesmo círculo de amizades)

- Dar dicas e indiretas de que você gostou do que aconteceu e que gostaria de repetir a "dose"

- Criar oportunidades para vocês se encontrarem e tentarem fazer uma segunda, terceira, quarta "ficada"

- Manter diálogo aberto e aceitar se a pessoa não quiser continuar a ficar com você.


O que não vale depois da primeira ficada?

- Fingir que nada aconteceu- Tratar mal a pessoa só porque não gostou dos beijos

- Falar que vai ligar e não ligar

- Usar MSN ou Orkut para falar mal da pessoa só porque você não gostou da "ficada" ou só porque ela não quer mais continuar com você

- Dar falsas esperanças

Testo retirado do site da Terra.