Se você acha que os meninos são vazios e não pensam em nada mais além de sexo vá com calma. Alguns especialistas e até mesmo quem já passou pela situação explicam porque existem tantas diferenças quando o assunto é sexo.
Para o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes Júnior, o menino aprende desde cedo a encarar o sexo com mais liberdade. “Enquanto as meninas são ensinadas a sonhar com o primeiro beijo, os garotos se preparam para a primeira transa”, declara o sexólogo.
“Na adolescência, a ansiedade para prática sexual é comum tanto nos garotos quanto nas garotas. Porém, no fundo, os dois sexos querem ser felizes em relacionamentos amorosos, só que no caso dos adolescentes do sexo masculino o medo de falhar na “hora H” faz com que eles evitem criar vínculos afetivos com as meninas”, comenta Amaury Mendes.
Na opinião da psicóloga e educadora sexual Carla Zeglio, diretora do Instituto Paulista de Sexualidade, sexo e compromisso são coisas diferentes. “Esta diferença fica clara para os homens, na educação oferecida a eles. Na educação feminina é dito que sexo só com relacionamentos afetivos. Estamos diante do dilema ‘meninos X meninas’”, diz.
“Apesar de todos quererem a mesma coisa, o tempo de querer pode ser diferente, mas adolescentes de ambos os gêneros querem companhia com quem possam trocar experiências de vida e da sexualidade”, acrescenta Carla.
A adolescente Priscila (que não quis revelar o sobrenome), 18 anos, concorda que as meninas são realmente mais ligadas aos sentimentos do que os meninos. “Acho que isso pode ser um pouco culpa da sociedade, que sempre discrimina meninas no que pode e o que não pode na hora do sexo. Os meninos podem transar com todas as meninas e as meninas não podem transar com ninguém senão vão ser consideradas galinhas”, afirma a adolescente.
Juliano Tortola, 16 anos, que namora há 11 meses, defende os meninos dizendo que “alguns podem até pensar só em sexo, mas existe quem queira compromisso”. “Acho que muitas vezes fica essa idéia de que os meninos só pensam 'naquilo' e as meninas acabam nem dando a chance da gente provar o contrário”, declara.
Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, existe uma necessidade de assumir os papéis sexuais socialmente determinados para que o jovem se sinta homem, másculo. “Em todas as culturas existem padrões para os comportamentos dos homens e das mulheres. É isto que se chama de identidade masculina. Os indivíduos que não se inserem no padrão deixam de ser considerados homens e mulheres”, explica Rodrigues.
De acordo com a sexóloga Carla Zeglio, não existe diferença entre desejo sexual masculino e feminino, o que existe é a diferença na expressão dos desejos, devido a uma educação pouco eficaz.
Os especialistas são enfáticos em dizer que a melhor maneira de lidar com essas diferenças é respeitando a necessidade de cada um deles esquecendo se são meninos ou meninas. “Devemos lembrar sempre que estamos lidando com seres humanos e com necessidades muito individuais”, diz Carla Zeglio.
“As meninas costumam amadurecer mais rápido do que os meninos e, por isso, também são elas que conseguem conduzir melhor o relacionamento e o processo de conquista entre o sexo masculino e feminino”, comenta o sexólogo Amaury Mendes Júnior. “O mais importante de tudo é se permitir ter a liberdade de pensar em sexo desde que tudo seja feito com responsabilidade e que na hora em que os dois se sentirem preparados para as “vias de fato” não se esqueçam de todas as precauções para evitar doenças sexualmente transmissíveis”, enfatiza Mendes.
Texto retirado do site da Terra.
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